Dossiê 78.CAR - Teatro Carlos Gomes

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Código de referência

BR ESAPEES CINE.78.CAR

Título

Teatro Carlos Gomes

Data(s)

  • 1925-1934 (Produção)

Nível de descrição

Dossiê

Dimensão e suporte

Iconográfico - 09 fotografias digitalizadas

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

Nome do produtor

História biográfica

Nome do produtor

História do arquivo

Funcionou no período compreendido entre agosto de 1926 e 19__. A sala de cinema pertencia a empresa Santos & Cia., com sociedade de André Carloni e Nicoletti. O teatro está localizado na Praça Costa Pereira, Centro, Vitória. O filme de inauguração foi o Que Farias com Um Milhão?. Após o princípio de incêndio do Teatro Melpômene a estrutura do edifício seria aproveitada pelo arquiteto italiano André Carloni para a construção do Teatro Carlos Gomes, na mesma praça. Apesar da comoção causada pela imprensa, o incêndio não alcançou proporções maiores, sendo apenas um princípio de incêndio, acontecimento comum em maquinários da época, devido ao contato do nitrato do filme com a luz do projetor. De toda forma a retirada do público foi tumultuada e na reportagem foram registrados dois mortos. Contudo, na chamada da matéria do jornal “Folha do povo” destacava “vários mortos e grandes números de feridos”, mesmo o texto afirmando que: [...] podemos afirmar ao publico que, felizmente, são só dois, os mortos de hontem. São elles: Radagazio Monteiro, com cerca de 22 anos de idade, filho do Manoel Monteiro e Elvira Monteiro, de cor preta, vestido de calça preta remendada e paleto branco, estando em camiza; e Manoel Nunes, de côr branca, com 16 annos presumíveis, filho de Jose Nunes, vestindo calça e paleto branco e camiza escura, listrada de preto. No livro História do Teatro Capixaba, de Oscar Gama Filho, o autor alerta que o episódio foi exacerbado pelo interesse de André Carloni para a construção de um novo teatro no local próximo e que não houve um incêndio de grandes proporções, ao contrário, o mesmo restringiu-se apenas a cabine de exibição. A historiadora Maria Stella de Novaes, em seu livro História do Espírito Santo, sobre o episódio relata que: Célere correu esta notícia, a oito de outubro de 1924, à
noite. Espalhou-se o terror em todos os recantos da cidade, e, perante os boatos sempre exagerados, nessas ocasiões, o número de vitimas crescia... Entretanto, o incêndio, que se afigurava de proporções enormes, limitou-se à cabine e...à imaginação da assistência impressionada pela estrutura do prédio! Mas, numa casa de madeira, o grito de ‘Fogo’, durante a exibição de um filme, Ordens Secretas, ocasionou o pânico. Ansiosos da saída simultânea, pelos condutores estreitos, espectadores atiravam se da torrinha e dos camarotes à plateia, senhoras gritavam, pessoas ficaram sufocadas pela aglomeração, etc. A tremenda confusão levou muitas pessoas quebradas e machucadas para a Santa Casa, embora o menor prejuízo fosse justamente o resultante do fogo. Logo após o incêndio, mesmo sem ter sido destruído, o Melpômene foi vendido a André Carloni. A construção do Teatro Carlos Gomes foi iniciada em 1925, com projeto do proprietário André Carloni que comprou as colunas de ferro fundido que pertenciam ao antigo Melpômene e aproveitado para sustentáculos dos camarotes do novo teatro. Em 10 de novembro de 1929, a empresa Santos e Companhia assinou contrato de arrendamento com o proprietário para ali instalar o cinema falado, que começou em 20 de dezembro de 1929. Em 1933, André Carloni vendeu o teatro ao governo do estado, a quem pertence até hoje.

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  • português do Brasil

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