O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) é uma autarquia estadual vinculada ao Governo do Espírito Santo, que se destaca como um dos principais centros de produção de conhecimento aplicado às políticas públicas no estado. Criado em 1975, inicialmente como Fundação Jones dos Santos Neves, o instituto foi reestruturado em 1980, assumindo sua forma atual, com o propósito de fornecer subsídios técnicos e científicos para a gestão pública capixaba.
Ao longo de sua trajetória, o IJSN consolidou-se como uma instituição estratégica para o planejamento e o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo. Sua atuação abrange a realização de estudos, diagnósticos e indicadores voltados à formulação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas nas mais diversas áreas — como saúde, educação, segurança, mobilidade, habitação e desenvolvimento regional.
Com uma forte base em dados estatísticos e georreferenciados, o Instituto promove análises qualificadas e desenvolve projetos em parceria com órgãos públicos e instituições de pesquisa. Entre suas iniciativas de maior destaque está o Índice de Desenvolvimento Regional Sustentável (IDRS-ES), criado para orientar o planejamento territorial e a alocação de recursos com foco na redução das desigualdades sociais no estado.
Além do papel técnico, o IJSN também mantém um valioso acervo documental e fotográfico, com milhares de imagens e registros históricos que documentam obras públicas, personalidades e transformações urbanas no Espírito Santo ao longo do século XX.
Em 2025, o Instituto completou 50 anos de atuação, celebrando seu legado com uma nova identidade visual e reafirmando seu compromisso com a inovação, a transparência e a qualificação da gestão pública. Com uma equipe multidisciplinar e uma abordagem pautada na ciência e na técnica, o IJSN continua a contribuir de forma decisiva para a construção de políticas públicas mais eficazes, inclusivas e sustentáveis no estado.
A partir da década de 1940, o Estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Agricultura (Seag), passou a desenvolver de forma mais efetiva o trabalho de defesa agropecuária. Em 1948, foi criado o Instituto Biológico do Estado do Espírito Santo (Ibees), no município de Cariacica, vinculado à Seag. O objetivo era realizar as atividades de apoio à pecuária por meio do diagnóstico de doenças dos animais.
Durante as décadas de 1950 e 1960, foram implantados os primeiros programas de sanidade animal e vegetal no Estado. Mas, somente a partir de 1971, com a criação do Grupo Executivo de Combate à Febre Aftosa (Gecofa), o desenvolvimento dos trabalhos foi estruturado.
Em 1974, o Gecofa foi extinto, mas devido à necessidade de manutenção do serviço, sua estrutura permaneceu, e surgiu a primeira organização do sistema agrícola do Estado, que culminou na criação de sete instituições:
Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária (Emcapa).
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Espírito Santo (Emater).
Empresa Espírito Santense de Pecuária (Emespe).
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cida).
Companhia de Armazéns e Silos do Espírito Santo (Cases).
Centrais de Abastecimento do Espírito Santo S/A (Ceasa).
Instituto de Terras e Cartografia (ITC).
Em 1975, foi fundado o Instituto Estadual de Florestas (IEF). A Emespe substituiu o Gecofa e ampliou suas atividades no setor da pecuária.
Em 1996, o sistema da Seag foi reestruturado e reduzido de sete para quatro instituições. Da fusão das atividades da Emespe e do Instituto de Terras, Cartografia e Florestas (ITCF), surgiu o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
O Instituto foi criado pela Lei Complementar nº 081, de 29 de fevereiro de 1996, e publicado no Diário Oficial de 1º de março de 1996, regulamentado pelo Decreto nº 4.006, de 17 de julho de 1996, e publicado no Diário Oficial de 18 de julho de 1996.