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IJSN · Corporate body · 1975 - Atualmente

O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) é uma autarquia estadual vinculada ao Governo do Espírito Santo, que se destaca como um dos principais centros de produção de conhecimento aplicado às políticas públicas no estado. Criado em 1975, inicialmente como Fundação Jones dos Santos Neves, o instituto foi reestruturado em 1980, assumindo sua forma atual, com o propósito de fornecer subsídios técnicos e científicos para a gestão pública capixaba.

Ao longo de sua trajetória, o IJSN consolidou-se como uma instituição estratégica para o planejamento e o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo. Sua atuação abrange a realização de estudos, diagnósticos e indicadores voltados à formulação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas nas mais diversas áreas — como saúde, educação, segurança, mobilidade, habitação e desenvolvimento regional.

Com uma forte base em dados estatísticos e georreferenciados, o Instituto promove análises qualificadas e desenvolve projetos em parceria com órgãos públicos e instituições de pesquisa. Entre suas iniciativas de maior destaque está o Índice de Desenvolvimento Regional Sustentável (IDRS-ES), criado para orientar o planejamento territorial e a alocação de recursos com foco na redução das desigualdades sociais no estado.

Além do papel técnico, o IJSN também mantém um valioso acervo documental e fotográfico, com milhares de imagens e registros históricos que documentam obras públicas, personalidades e transformações urbanas no Espírito Santo ao longo do século XX.

Em 2025, o Instituto completou 50 anos de atuação, celebrando seu legado com uma nova identidade visual e reafirmando seu compromisso com a inovação, a transparência e a qualificação da gestão pública. Com uma equipe multidisciplinar e uma abordagem pautada na ciência e na técnica, o IJSN continua a contribuir de forma decisiva para a construção de políticas públicas mais eficazes, inclusivas e sustentáveis no estado.

Armando Falcão
ARMFALC · Person · 11/10/1919 - 10/02/2012

Armando Ribeiro Falcão (1919–2010) foi uma figura de destaque na política brasileira durante o século XX, especialmente notabilizado por sua atuação durante o regime militar (1964–1985). Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira pública no contexto do Estado Novo, integrando uma geração de políticos que transitaram com relativa fluidez entre diferentes regimes autoritários e democráticos.

Durante a década de 1950, Falcão ocupou posições importantes na administração pública federal, demonstrando afinidade com setores desenvolvimentistas do Estado brasileiro. Sua projeção política, contudo, consolidou-se durante o regime militar, quando passou a ocupar cargos de alta relevância, como o de Ministro da Justiça entre 1974 e 1979, no governo do general Ernesto Geisel

Alberto Lucarelli
ALBLUC · Person · 1884 - 22/04/1967

Nascido em Gênova, Itália, no ano de 1884, era filho de Annita e Pedro Lucarelli, pequenos empresários do ramo de fabricação de chocolates. Lucarelli já dominava a técnica fotográfica desde a Itália, onde havia estudado em uma escola especializada.

Lucarelli emigrou para o Brasil acompanhado do cônsul italiano Luigi Petrochi, então residente no Rio de Janeiro. Inicialmente, fixou residência em São Paulo, onde iniciou suas atividades como fotógrafo. No entanto, em razão da intensa concorrência no setor — composta por ateliês consolidados, tanto de conterrâneos quanto de outros imigrantes europeus — decidiu transferir seu empreendimento para a cidade de Vitória, no Espírito Santo, chegando à capital capixaba no início do século XX.

Em Vitória, tornou-se pioneiro na instalação de um estúdio fotográfico de caráter permanente, estabelecendo-se na rua Duque de Caxias. Entre os anos de 1908 e 1912, exerceu a função de fotógrafo oficial do governo Jeronymo Monteiro, com quem manteve uma estreita amizade. Ambos compartilhavam, inclusive, o gosto por atividades de lazer como caçadas, realizadas nas matas das então remotas regiões da Serra e de Cariacica.

Lucarelli faleceu em Vitória em 22 de abril de 1967, deixando um legado importante para a história da fotografia no Espírito Santo.

Alfredo Mazzei
MAZZEI · Person · 1930 - 1980

Alfredo Mazzei foi um dos mais importantes fotógrafos de sua geração. Nasceu em Ubá-MG em 1904, e transferiu-se para o Cachoeiro de Itapemirim-
ES no final da década de 1920, onde iniciou sua atividade fotográfica. Em 1931 transferiu-se para a capital do estado e logo firmou-se como um profissional que prezava pela qualidade e originalidade. Seus registros fotográficos compõem um panorama social, paisagístico e político de suma importância para a sociedade capixaba de hoje. Fonte: Furtado, Marcello França. Catálogo do acervo pessoal de Alfredo Mazzei / Marcello França Furtado. – Vitória: Interferências Filmes e Projetos, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1NNyOj5g3Ux65QobkhtoSSf-ifrDy6-6n/view. Acesso em: 19 mai. 2023.

Hugo Borges
HUGB · Person · 1923-2013

Hugo Borges foi um dos fundadores do MDB e participou da redemocratização do País ao lado de Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. Administrou o município de Guarapari de 1973 a 1977 e foi deputado por cinco mandatos, presidindo a Ales entre 1985 e 1986 e chegando a governar o Espírito Santo na ausência de Gerson Camata e do vice.

APEES · Corporate body · 1908

Criado com o nome de "Archivo Público Espírito-Santense", em 18 de Julho, pelo decreto nº 135 do Presidente do Estado, Jerônimo Monteiro, como um anexo à Biblioteca Pública. Em 02 de dezembro a repartição foi regulamentada pela lei nº 559, como dependente da Secretaria Geral do Governo. O acervo existente e a ser recolhido ficou dividido em quatro ordens: 1ª Legislativa e Administrativa; 2ª Judiciária; 3ª História e Geografia e 4ª Literária e Artística.

JE · Corporate body · 1822 - 1937

Durante o período imperial brasileiro (1822–1889), o Brasil não contava com uma Justiça Eleitoral especializada. No Espírito Santo, como nas demais províncias do Império, a organização dos processos eleitorais era de responsabilidade de autoridades civis locais, tais como as Câmaras Municipais, os juízes de paz e os chefes políticos. A legislação que regia o sistema eleitoral incluía normas como a Lei de 1º de outubro de 1828 e o Código Eleitoral de 1842.

O sistema era marcado pelo voto censitário e indireto, restrito a uma parcela reduzida da população — homens livres, com mais de 25 anos (ou 21, caso fossem casados, bacharéis ou militares) e que comprovassem determinada renda anual. Tal modelo excludente refletia-se diretamente no Espírito Santo, cuja população majoritariamente rural e dependente do trabalho escravizado não participava da vida política.

As eleições eram conduzidas por "mesas eleitorais", compostas por cidadãos influentes da localidade. Práticas como o clientelismo, o voto de cabresto e denúncias de fraudes eram comuns, e os conflitos eleitorais eram encaminhados a instâncias legislativas, como a Assembleia Provincial ou a Câmara dos Deputados, carecendo de imparcialidade judicial.

Com a Proclamação da República, em 1889, o sistema eleitoral manteve-se controlado pelas oligarquias estaduais, e não houve avanços significativos em termos de democratização ou fiscalização. Durante a chamada Primeira República (1889–1930), os processos eleitorais no Espírito Santo continuaram sob forte influência dos grupos políticos locais.

A partir de 1930, com a Revolução liderada por Getúlio Vargas, iniciou-se um processo de reorganização das instituições políticas nacionais. Em 1932, foi promulgado o primeiro Código Eleitoral republicano, que instituiu o voto secreto, o sufrágio feminino e, pela primeira vez, uma Justiça Eleitoral autônoma e especializada. Nesse contexto, foi criado o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), com a missão de organizar, fiscalizar e julgar os processos eleitorais no âmbito estadual.

Contudo, em 1937, com a instauração do Estado Novo, a Justiça Eleitoral foi extinta em todo o país, e as eleições foram suspensas por tempo indeterminado. O TRE-ES, assim como os demais tribunais regionais, teve suas atividades encerradas, vindo a ser restabelecido apenas em 1945, com o fim do regime autoritário e a redemocratização do país.

O Caboclo
Corporate body · 1901-1902

Jornal que produzido em Cachoeiro de Itapemirim entre os anos de 1901 e 1902. Seu redator chefe foi Athayde Júnior e Narciso Araújo.