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Registro de autoridade
Alberto Lucarelli
ALBLUC · Pessoa · 1884 - 22/04/1967

Nascido em Gênova, Itália, no ano de 1884, era filho de Annita e Pedro Lucarelli, pequenos empresários do ramo de fabricação de chocolates. Lucarelli já dominava a técnica fotográfica desde a Itália, onde havia estudado em uma escola especializada.

Lucarelli emigrou para o Brasil acompanhado do cônsul italiano Luigi Petrochi, então residente no Rio de Janeiro. Inicialmente, fixou residência em São Paulo, onde iniciou suas atividades como fotógrafo. No entanto, em razão da intensa concorrência no setor — composta por ateliês consolidados, tanto de conterrâneos quanto de outros imigrantes europeus — decidiu transferir seu empreendimento para a cidade de Vitória, no Espírito Santo, chegando à capital capixaba no início do século XX.

Em Vitória, tornou-se pioneiro na instalação de um estúdio fotográfico de caráter permanente, estabelecendo-se na rua Duque de Caxias. Entre os anos de 1908 e 1912, exerceu a função de fotógrafo oficial do governo Jeronymo Monteiro, com quem manteve uma estreita amizade. Ambos compartilhavam, inclusive, o gosto por atividades de lazer como caçadas, realizadas nas matas das então remotas regiões da Serra e de Cariacica.

Lucarelli faleceu em Vitória em 22 de abril de 1967, deixando um legado importante para a história da fotografia no Espírito Santo.

Albuíno Cunha de Azeredo
ALB · Pessoa · 1991 - 1994

Formado em engenharia pela Universidade Federal do Espírito Santo, nasceu no povoado de Morro de Argolas na zona portuária de Vila Velha. Antes de ingressar no ensino superior trabalhou como vendedor ambulante, comerciante e peão de pedreira, com passagem pelo Atlético de Vitória onde foi jogador de futebol. Estagiário da Companhia Vale do Rio Doce, trabalhou para a referida empresa após a graduação e a seguir fundou a ENEFER, empresa de consultoria no ramo do transporte ferroviário. Dividindo suas atividades empresariais com a política, integrou o MDB e também o PMDB, foi nomeado Secretário de Planejamento pelo governador Max Mauro cujos irmãos eram sócios de Azeredo em sua empresa. Rompida a convivência política entre o governador capixaba e os Camata no início dos anos noventa, tanto Max Mauro quanto Albuíno Azeredo ingressaram no PDT.

Azeredo foi eleito governador do Espírito Santo no segundo turno das eleições de 1990 (e empossado em 1991), com 51% dos votos, derrotando o senador José Ignácio Ferreira, após um início de campanha no qual suas intenções de voto registradas pelas pesquisas de opinião sequer chegavam a cinco por cento. Ao lado de Alceu Collares foi um dos primeiros governadores negros da história do país. Durante seu mandato, fez a doação de uma área para o município Barra de São Francisco, na qual foi construída a Escola Agrícola “Normilia Cunha de Azeredo”[1].

Após cumprir integralmente seu mandato retornou às suas atividades empresariais e em 1997 foi nomeado Secretário de Planejamento do município de Cariacica pelo prefeito Dejair Camata, cargo que deixou para se candidatar a governador em 1998 num pleito onde foi derrotado exatamente por José Ignácio, agora filiado ao PSDB. Convidado por Anthony Garotinho, então governador do Rio de Janeiro, presidiu a Rio Trilhos (responsável pelo metrô) e a Companhia Fluminense de Trens Urbanos (FLUMITRENS), retornando ao Espírito Santo em 2002 para se candidatar a deputado federal pelo PMDB num pleito onde figurou como suplente. Quando Rosinha Matheus, esposa de Garotinho, assumiu o governo fluminense, esta nomeou Albuíno Azeredo presidente da Companhia Estadual de Engenharia, Transportes e Logística (CENTRAL) e também o fez retornar à Secretaria de Transportes. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Albu%C3%ADno_Cunha_de_Azeredo. Acesso em 13 de janeiro de 2023.

Faleceu em 16 de setembro de 2018, aos 73 anos de idade.

Alfredo Mazzei
MAZZEI · Pessoa · 1930 - 1980

Alfredo Mazzei foi um dos mais importantes fotógrafos de sua geração. Nasceu em Ubá-MG em 1904, e transferiu-se para o Cachoeiro de Itapemirim-
ES no final da década de 1920, onde iniciou sua atividade fotográfica. Em 1931 transferiu-se para a capital do estado e logo firmou-se como um profissional que prezava pela qualidade e originalidade. Seus registros fotográficos compõem um panorama social, paisagístico e político de suma importância para a sociedade capixaba de hoje. Fonte: Furtado, Marcello França. Catálogo do acervo pessoal de Alfredo Mazzei / Marcello França Furtado. – Vitória: Interferências Filmes e Projetos, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1NNyOj5g3Ux65QobkhtoSSf-ifrDy6-6n/view. Acesso em: 19 mai. 2023.

André Malverdes
AM · Pessoa · 16/11/1972 - Atualmente

O Professor Dr. André Malverdes é docente universitário com atuação nas áreas de História e Patrimônio Cultural. Possui doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com ênfase em estudos sobre memória, cultura e identidade. Ao longo de sua carreira acadêmica, tem se dedicado à pesquisa sobre a preservação de acervos históricos, memória institucional e história da imigração.

Atualmente, é professor efetivo da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde leciona disciplinas nos cursos de graduação e pós-graduação, além de orientar trabalhos de iniciação científica, mestrado e doutorado. Desenvolve projetos de extensão e pesquisa voltados à educação patrimonial, com destaque para iniciativas em parceria com instituições públicas e arquivos históricos.

Autor de diversos artigos científicos e capítulos de livros, o Professor Malverdes é reconhecido por sua contribuição ao debate sobre políticas de preservação e valorização do patrimônio documental no Brasil. Participa ativamente de eventos acadêmicos nacionais e internacionais, promovendo o diálogo interdisciplinar entre história, arquivologia e antropologia.

Antenor Guimarães
ANTG · Pessoa · 29/02/1872 - 13/02/1932

Antenor Guimarães, nascido em 29 de fevereiro de 1872, na cidade do Rio de Janeiro, destacou-se como um dos mais relevantes agentes econômicos e urbanos da cidade de Vitória, Espírito Santo, no início do século XX. Faleceu em 13 de fevereiro de 1932, deixando um expressivo legado nas áreas do comércio, infraestrutura urbana e transporte, contribuindo significativamente para o processo de modernização da capital capixaba.

Estabelecido em Vitória, Guimarães fundou a empresa Antenor Guimarães & Cia. Ltda., cuja atuação foi determinante no setor de exportação de café, principal produto da economia capixaba naquele período. Sua inserção no comércio internacional foi ampliada por meio da representação de companhias marítimas estrangeiras, como a Norddeutscher Lloyd e a Hamburg Süd. Além disso, operava com embarcações próprias, incluindo lanchas, chatas e trapiches, assumindo funções logísticas no Porto de Vitória relacionadas ao transporte de cargas e passageiros.

Sua atuação não se restringiu ao campo econômico. Guimarães também participou da execução de serviços públicos essenciais, como a limpeza urbana e o transporte coletivo, setores nos quais obteve concessões que lhe permitiram contribuir diretamente para a melhoria das condições urbanas da cidade. Sua gestão empresarial nos serviços públicos é indicativa de uma visão ampliada de empreendedorismo, voltada para a modernização da infraestrutura municipal.

Mesmo após sua morte, sua influência permaneceu presente na paisagem urbana da cidade. Em 1940, foi construído, na Praça Costa Pereira, o Edifício Antenor Guimarães, considerado o primeiro edifício residencial vertical do Espírito Santo. Com sete pavimentos e equipado com elevador, a edificação marcou um novo momento na arquitetura e no desenvolvimento urbano de Vitória, sendo um símbolo da verticalização e da modernização arquitetônica local.

Como forma de reconhecimento institucional, em 1955 foi inaugurado um busto em sua homenagem na Praça Francisco Teixeira da Cruz, no Centro de Vitória. A escultura em bronze, de autoria do artista Carlo Crepaz, representa um importante marco de memória pública, consolidando a figura de Antenor Guimarães como personagem central na história do desenvolvimento socioeconômico da capital capixaba.

A biografia de Antenor Guimarães evidencia o entrelaçamento entre atividade empresarial e compromisso com o progresso urbano, revelando o papel de comerciantes e empreendedores na consolidação das bases materiais da cidade de Vitória no século XX.

Antonio Delfim Netto
ANTDF · Pessoa · 1928 - 2024

Antonio Delfim Netto foi um economista, professor e ex-político brasileiro, nascido em 1928, em São Paulo. Foi ministro da Fazenda (1967–1974), da Agricultura (1974–1975) e do Planejamento (1979–1985), sendo uma das figuras centrais da política econômica durante o regime militar. Notabilizou-se pela condução do chamado "Milagre Econômico Brasileiro", período de forte crescimento do PIB. É professor emérito da FEA-USP e autor de diversos trabalhos sobre economia brasileira. Após sua carreira política, manteve atuação ativa como consultor e articulista.

Arcesislau Soares
AS · Pessoa · 18[??] - Década de 1940

Natural de Cachoeiro de Itapemirim (data de nascimento desconhecida), o fotógrafo faleceu na cidade de Vitória na década de 1940. Realizou seus estudos primário e secundário em sua cidade natal. No início do século XX, transferiu-se para a capital capixaba, onde fundou o estúdio fotográfico denominado Foto-Film. Registros da imprensa, contudo, indicam que já exercia a atividade de fotógrafo desde o ano de 1881, possivelmente ainda em Cachoeiro de Itapemirim.

Outras informações:

Argilano Dario
ARGD · Pessoa · [?] - 05/04/1992

Argilano Dario foi um ex-deputado federal brasileiro pelo estado do Espírito Santo, tendo exercido mandato na Câmara dos Deputados entre 1963 e 1967, como suplente no período de 1967 a 1971. Ele também foi deputado estadual no Espírito Santo por dois mandatos (1951-1955 e 1956-1959).

Armando Falcão
ARMFALC · Pessoa · 11/10/1919 - 10/02/2012

Armando Ribeiro Falcão (1919–2010) foi uma figura de destaque na política brasileira durante o século XX, especialmente notabilizado por sua atuação durante o regime militar (1964–1985). Formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira pública no contexto do Estado Novo, integrando uma geração de políticos que transitaram com relativa fluidez entre diferentes regimes autoritários e democráticos.

Durante a década de 1950, Falcão ocupou posições importantes na administração pública federal, demonstrando afinidade com setores desenvolvimentistas do Estado brasileiro. Sua projeção política, contudo, consolidou-se durante o regime militar, quando passou a ocupar cargos de alta relevância, como o de Ministro da Justiça entre 1974 e 1979, no governo do general Ernesto Geisel